sábado, 23 de outubro de 2010

190. Lúcia Lupenny Rodrigues

"Ícone de Cristal Azul"

Nasceu no Brasil e é residente em Portugal desde de 1988.
Com formação académica ligada ao Turismo e ás Artes, exerceu durante longos anos a profissão de guia de turismo.
Em Portugal passou por várias acções de formação no meio artístico e em simultâneo vem pondo em prática tudo aquilo que lhe foi ensinado.
A artista é sócia de várias instituições nacionais e internacionais do meio.
Vem realizando exposições em várias partes do mundo, países como: Itália, França, Bélgica, Alemanha, Áustria, Espanha, Argentina, Estados Unidos da América e Brasil , com obras espalhadas nos mesmos espaços, em locais públicos e privados, já tendo realizado mais de uma centena de exposições onde fui coleccionando prémios e medalhas ao longo destes anos.
Tem feito algumas ilustrações de livros, publicado algumas coisas, tais como, textos poéticos, poemas, artigos de opinião, em jornais, livros, revistas e Internet.
Neste momento é membro da Galeria Aberta com trabalhos publicados diariamente; E na futura Fundação da Galeria Mafalda D’Eça.

A artista deixa algumas opiniões de coleccionadores sobre os meus trabalhos:

"Sem a arte, Lúcia não existia. Penso em S. João e nesta paródia: no princípio era a arte, e a arte era sem ela. Folheio com emoção estética reproduções fotográficas em um álbum destinado a dar a conhecer os frutos artísticos de Lúcia Rodrigues - quadros numerosos e admiráveis, que nos elevam, nos envolvem, nos enleiam, nos deixem em êxtase e que nos chamam à emoção. Em "Deusa das Águas", Lúcia alcança um raro patamar de qualidade artística para uma moça nascida no Brasil, terra que os portugueses empaparam e humedeceram com sua inspiração de arte.
Lúcia mostra que a arte está em suas veias ao nos exibir a " Serenata Enigmática", um óleo em que a compunção é figurada em pássaros vermelhos com máscaras de negro, numa atitude misteriosa de orar, orar e orar. Em "Coração Ardente", o mistério do amor é originalmente representado por um coração branco maculado de enigmático toque pardo, tudo inserido numa maralha complexa de definiria o fruto do coração ardente - o amor.
Lúcia não pinta tal qual as coisas são mas como elas se nos manifestam num passar louco de imagens produzidas por um estado onírico permanente em que se vive, porque viver é sonhar.
Como artista, Lúcia Rodrigues deixa que o sonho venha à tona e pinte e fale e pense e o diga á sua maneira imprevisível. E o sonho, não pensamento.
Recordar é viver e viver é sonhar. E o sonho cria a arte que é o fruto imprevisível do existir.
Que Lúcia não pare de sonhar e de criar é o que desejamos os que já fomos feridos e tocados para sempre pelo seu mágico pincel."

"Já tive oportunidade de ver obras da Lúcia em outras vertentes.
A ouvir a cor, estar atento aos limites da forma., o ritmo, o compasso, batimentos constantes do pincel sobre a tela, existe um tempo de andamento no plano da pintura , a textura e a escala cromática, ressoam como acordes pictóricas. Sensibilidade, perspicácia verdade são palavras caras à arte.
O que é a arte? Onde ela nasce? No mundo exterior ou no âmago do nosso íntimo, nas profundezas abissais do nosso inconsciente? São perguntas que, depois de seis mil anos de realizações artísticas, os homens ainda não sabem responder com segurança. Quando o fazem, é por uma retórica inversão."

Dário Castro Alves (Ex-Embaixador do Brasil)

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